Mensagem de alerta
Média-metragem foi idealizado para advertir a sociedade sobre o que pode ocorrer até 2050 se não cuidarmos do planeta
Barbara Riethe escreveu e protagonizou Não Minta Pra Mim. A história do filme não é baseada em ficção – aliás, Riethe fundamentou sua perspectiva em dados oficiais da ONU e fez um relato de como estará o planeta dentro de 30 anos, se não houver mudanças drásticas no comportamento das pessoas em relação ao meio ambiente. Não Minta Pra Mim foi produzido pela Ventu Filmes e dirigido pela cineasta Adriana Pauline Leão.
A escassez de água potável e a violência se tornam cada vez mais presentes no Brasil. Ainda, é possível observar notícias catastróficas a todo o momento, no mundo inteiro. É difícil encontrar comida, a água é racionada e as pessoas estão morrendo não só pela falta de recursos, mas principalmente por conta de diversas doenças devido à baixa imunidade. Este é o cenário retratado por cinco personagens: Júlia (Barbara Riethe), Alice (ThamirisMandú), Louise (Beatriz Rodrigues), Fines (Douglas Garcia) e Ploo, um computador com inteligência artificial.
Júlia, uma professora de literatura, e Alice, líder de uma empresa de tecnologia, encontram um bunker subterrâneo para se abrigarem das queimadas e tempestades intermitentes. Saem vez ou outra para buscar água, comida e um soro antisséptico, necessário para evitar contaminação. Com a chegada de Louise, uma refugiada ambiental, e Fines, um artista de rua, as relações humanas ficam latentes e o instinto de autoproteção aflora juntamente com a empatia.
Além dessa mensagem de alerta, o filme levanta uma questão: o que nos torna humanos? Em algum momento o expectador vai se identificar com cada um dos personagens. Sentimentos inerentes ao Homem, como o otimismo, a coragem, o pessimismo e a ignorância como defesa, são explorados em Não Minta Pra Mim. O roteiro de Barbara expõe as fragilidades das mentiras que contamos para nós mesmos e a luta por sobrevivência em um ambiente quase sem esperança.