CURTIR, COMENTAR OU TORNAR “HYPE”?
Como tornar “hype” o seu conteúdo? E mais: tornar-se hype é o objetivo principal? No audiovisual, assim como na vida real, a fama pode ser algo passageiro…
O termo “hype” é a abreviação da palavra hipérbole em Inglês, expressão usada para dar ênfase excessiva ao autêntico. Na prática, é algo muito popular. Apreciado ou analisado? Nem sempre.
Qualquer coisa pode se tornar “hype”, mas nem tudo chega a esta posição. O caminho para o “feed da fama” passa pelos espectadores e, talvez, o excesso de informação possa prejudicar a forma como as pessoas absorvem o conteúdo recebido. Ou seja: em poucos segundos, um post ou vídeo, que mal foi lido ou visto até o fim será compartilhado por centenas ou milhares de pessoas.
Especificamente para o cinema e para as produções audiovisuais, alguns bons projetos passam despercebidos e perdem a chance de evoluir naturalmente no mercado em virtude da falta de “likes”. Não penso que o movimento seja ruim, apenas que a falta de análise crítica dos “fãs” coloca em desvantagem boas produções.
TEMPO REI
A fama é fugaz, assim como nossa capacidade de interesse. Tudo o que é famoso hoje pode ser facilmente esquecido amanhã. Em tempos de tecnologia, o tempo é rei e a atenção de quem observa, curte e compartilha é essencial para a valorização do conteúdo. Produções como Pequena Miss Sunshine, Juno e Quem Quer ser um Milionário jamais teriam se revelado grandes sucessos se o público não mostrasse interesse, de fato.
Imagine se Star Wars, um longa-metragem complexo, com mais de nove sequências, não apresentasse a análise crítica dos fãs? Foi exatamente isso o que tornou o clássico um filme atemporal e que continua a conquistar novos aficionados pelo mundo afora. Eterno “hype”! Portanto, autêntico deve ser aquele projeto que inspira outros profissionais, transforma a indústria, torna-se padrão em um segmento e é aprovado por muitos.