Após público recorde, Fest-Aruanda anuncia datas e homenageados para 2020
Diretor do festival, Lúcio Vilar comenta balanço positivo de 2019, que projeta um evento ainda mais especial no ano que vem
Na última quarta-feira (4), encerrou-se o 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro. Marcado pela diversidade de temas e gêneros, o festival celebrou o centenário do cinema paraibano por meio de homenagens, debates, oficinas e mostras que consagraram a produção audiovisual da Paraíba, com um total de 20 prêmios – dois deles, nas categorias principais das duas mostras competitivas. Com um público recorde de sete mil espectadores, o Fest Aruanda já se prepara para a 15ª edição, cuja data foi anunciada na solenidade de encerramento: será entre os dias 3 e 9 de dezembro de 2020.
“Entre os homenageados, teremos a jornalista e crítica de cinema Maria do Rosário Caetano. Ela está conosco desde o primeiro Fest Aruanda, é a madrinha do festival, e agora estará no seleto grupo de ‘aruandeiros’ a receberem essa comenda especial”, adiantou o coordenador e diretor executivo do festival, o professor Lúcio Vilar. O evento, que contou com a chancela da UFPB e o patrocínio da Energisa, da Cagepa e do Armazém Paraíba – via Lei Federal de Incentivos, do Ministério da Cidadania –, manterá, em 2020, a parceria com o Cinépolis Manaíra Shopping e contará com os mesmos patrocinadores (a novidade deste ano, e que seguirá no próximo, foi a participação da Cagepa no patrocínio). “Um evento desse porte não seria possível sem essa união de forças”, disse Lúcio, em agradecimento.
O festival aconteceu de 28 de novembro a 4 de dezembro, em atividades que se dividiram entre o Hotel Aram Beach & Convention e a sala 9 do Cinépolis. Nesse período, foram exibidos cerca de 60 filmes (curtas e longas-metragens, tanto os que competiram quanto os que foram apresentados em sessões especiais) e realizados nove debates, seis lançamentos de publicações, quatro painéis e duas oficinas – acompanhados de perto por diretores, produtores, cinéfilos, pesquisadores e jornalistas. Um sucesso, segundo Lúcio. “Além disso, a primavera do cinema paraibano, tão festejada ano passado, mostrou que continua viva, com a premiação do longa ‘Desvio’, de Arthur Lins, triunfando pelas mãos do Júri Oficial”, acrescentou.
Espaço de reflexão
O festival também teve manifestações espontâneas de produtores e realizadores diante das incertezas e ameaças ao segmento audiovisual. “São questões pertinentes e urgentes, que precisam de visibilidade – e o festival cumpre o seu papel, como espaço de reflexão, ao abrigar tais manifestações”, ressaltou Lúcio Vilar.
No fim, segundo ele, o saldo do festival foi muito positivo. “Sou suspeito pra falar, mas, a partir do que tenho lido e ouvido, posso afirmar que tivemos um festival com seleção primorosa de curtas e longas, tanto locais quanto nacionais, e que realizamos uma edição que fez jus à celebração do centenário do cinema paraibano”, avaliou.