EAD Sesc Digital lança novo curso gratuito em sua plataforma: “Iluminação Cênica”
Série de seis videoaulas está disponibilizada de forma permanente, apresentando aspectos técnicos e artísticos mais relevantes para os que pretendem ingressar na profissão e também para os que já atuam no setor
Foto Ricardo Ferreira
Desenvolvido pela iluminadora Marisa Bentivegna, “Iluminação Cênica”, o novo curso do EAD Sesc Digital, é dirigido aos interessados pelo tema, em especial aqueles que pretendem ingressar na área ou que já atuam profissionalmente. Com formato livre, gratuito e autoguiado, é composto por uma série de seis videoaulas com 15 minutos cada de forma permanente na plataforma ead.sesc.digital.
O “Iluminação Cênica” é indicado para iniciantes (aqueles que nunca tiveram um contato prévio com o assunto) e para diretores, cenógrafos, figurinistas, produtores, músicos, bailarinos e intérpretes, também dirige-se aos que pretendem buscar novas informações e abordagens em seu ofício.
As aulas têm formato dinâmico e trazem entrevistas com renomados profissionais da cena artística, como Chico César, Nelson Baskerville, Marcelo Romagnoli e Cristiane Paoli Quito, falando sobre iluminação para as áreas de música, teatro, teatro para crianças e dança, mescladas com informações técnicas sobre refletores e equipamentos encontrados em palcos e estúdios do Brasil e do mundo, assim como acessórios indispensáveis à iluminação cênica, como gelatinas, difusores, gobos, facas, íris, barndoors e lentes.
Mapa de Iluminação
Didaticamente, o curso se propõe a facilitar para os alunos a familiarização com o vocabulário comum a profissionais da área, como técnicos e iluminadores, por meio de material de leitura e apostila especialmente elaborados. Para contextualizar e ilustrar as aulas, está previsto um breve passeio pelas histórias do teatro e da iluminação. Os refletores serão apresentados pelas características que os aproximam; terão detalhamento específico todos os tipos de fresnéis, lâmpadas PAR, refletores eletrônicos (como LED e Moving Lights) e, em especial, o Elipsoidal, refletor com sistema óptico mais complexo. Ao final da série de videoaulas, com as informações técnicas e artísticas apreendidas, será possível que os alunos criem um mapa de iluminação.
Conteúdo por aula
Uma breve apresentação do conteúdo de cada um dos encontros é a proposta da primeira videoaula, por meio de uma viagem no tempo na História da Iluminação, e que contextualiza o tema , desde os primórdios do teatro, na Grécia Antiga. Os participantes terão acesso a conceitos e termos técnicos, e o papel do iluminador cênico junto a uma equipe criativa começa a ser discutido.
Na aula seguinte, assim como nos episódios, 3, 4 e 5, conhecimento técnico e estudo de uma linguagem cênica específica ganham os holofotes com apresentação de equipamentos, a começar pelo PC (Plano Convexo) e o Fresnel, com todos os seus acessórios, evidenciando-se as peças que compõem cada um desses refletores, para que servem, seus resultados luminosos e as diferenças entre eles. Uma entrevista com o diretor cênico Nelson Baskerville aborda a Iluminação para espetáculos de teatro e como este aspecto se relaciona artisticamente com outros elementos de uma montagem teatral.
Já no terceiro encontro, um breve resumo sobre a iluminação no teatro para crianças e jovens no Brasil será conduzido por um especialista no assunto, o autor, ator e diretor Marcelo Romagnoli, que revelará peculiaridades da luz para este público específico. Na sequência, Marisa Bentivegna enfatiza o uso do Elipsoidal, um equipamento indispensável. Por ser um bloco ótico mais complexo, o equipamento assume o protagonismo dessa aula, bem como seus acessórios e especificidades, com conteúdo ilustrado por meio fotos e vídeos de seu uso na prática.
Convidada para a quarta aula, a diretora cênica Cristiane Paoli Quito acumula grande experiência em teatro (adulto e infantil) e desenvolve amplo trabalho na área de dança, que é o assunto a ser abordado por ela nesse encontro, que irá falar também do pioneirismo da iluminadora de dança, Jean Rosenthal. No quesito equipamentos, será apresentada a família de lâmpadas PAR em sua versão original (lâmpadas e acessórios) e nas versões mais modernas, como a Source Four e a PARNEL.
A quinta videoaula é considerada a mais técnica do curso e reúne termos tecnológicos, siglas e sistemas de trabalho que são fundamentais para que os participantes se habituem com os equipamentos encontrados nas salas de espetáculo, entre eles os que funcionam num protocolo chamado DMX 512. Demonstração do uso de Pares LED, Moving Lights, Ribaltas LED, Fog Machines e mesas digitais complementa esse episódio que também contará com a participação do músico Chico César. Ele irá compartilhar sua visão sobre o trabalho do Iluminador (a) na sua área de atuação, os concertos musicais e shows.
Com uma proposta prática, a sexta aula de “Iluminação Cênica” é um convite a pensar na utilização profissional das informações recebidas nos encontros anteriores, colocando no papel ideias para os projetos de luz e como torná-los parte de um espetáculo. Como organizar referências artísticas, cadernos de criação e exemplos de mapas de luz serão temas deste último encontro, assim como o trabalho do operador de mesa e de que forma registrar criações existentes.
Sobre Marisa Bentivegna
Iluminadora Cênica desde 1992, quando cursou as aulas de Iluminação do CPT (Centro de Pesquisa Teatral do SESC). No mesmo ano assinou seu primeiro desenho de luz teatral para o espetáculo O Paraíso Perdido, do Teatro da Vertigem, em parceria com Guilherme Bonfanti, ganhando com este projeto seu primeiro Prêmio Shell. Formada na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) em Publicidade e Propaganda e na Escola de Belas Artes de São Paulo no curso de Desenho Industrial, ela iniciou sua carreira artística como bailarina e atualmente é cenógrafa, além de iluminadora. Integrante da Companhia Hiato, dirigida por Leonardo Moreira, em 2015 teve um cenário criado para esta companhia, para o espetáculo O Jardim, selecionado para representar o Brasil na Quadrienal de Praga, na República Tcheca.
Em 2019, foi novamente uma das dez artistas a representar o Brasil no mesmo evento, desta vez com o cenário do espetáculo Enquanto Ela Dormia. Marisa também é integrante da Banda Mirim como diretora técnica, cenógrafa e iluminadora desde 2004, coletivo premiado em 2015 com o Prêmio Governador do Estado na categoria Arte para Crianças. Atua em teatro, dança, ópera, exposições e shows musicais, tendo trabalhado em mais de 20 países nas últimas décadas. Como artista convidada e docente, deu aulas na SP Escola de Teatro.
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