“Christabel” exalta a independência e a liberdade da mulher
Inspirado em um poema de 1816, Christabel, do diretor Alex Levy-Heller, chega aos cinemas após cumprir uma bem sucedida trajetória pelo circuito de festivais
No Cerrado Brasileiro, a vida de uma família é modificada pelo surgimento de uma mulher misteriosa e carismática, que influencia todos que a rodeiam. Baseado em um poema gótico publicado em 1816, o longa Christabel, dirigido Alex Levy-Heller (de Jovens Polacas e O Relógio do Meu Avô), já estreou nos cinemas.
A produção é da Alelo Filmes, uma das empresas do ramo mais ativas do Rio de Janeiro (em seu currículo constam obras como o documentário Macaco Tião – O Candidato do Povo e Visceral, dirigido por Thomas Vannucci, com lançamento previsto para 2021). Outras atrações realizadas pela produtora são as séries Harmonizando com Cerveja, Por Um Lugar ao Sol e Cinema Sem Fronteiras.
Estruturas abaladas
No filme, o público acompanha as mudanças ocorridas no humilde lar de Seu Leonel (Julio Adrião) – que vive em companhia da filha, Christabel (Milla Fernandez) –, a partir da chegada da misteriosa personagem Geraldine (Lorena Castanheira), uma mulher livre e independente, que abala as relações e estruturas pré-estabelecidas que pesam sobre Christabel e seu pai.
A presença de Geraldine afeta a dinâmica da casa: Leonel, o típico homem da roça, acostumado com a dureza e amargura da vida, vê em Geraldine uma ameaça à estrutura patriarcal e se sente atraído pela bela mulher. Já Christabel é contagiada pelas sedutoras ideias de liberdade de Geraldine. Sentimentos de paixão florescem nos gestos, toques e olhares entre as duas mulheres.
Prêmios
Christabel já cumpriu uma bem-sucedida trajetória em festivais e mostras de cinema, como XXII Cine PE (Recife, Brasil, 2018), onde arrebatou o prêmio de Melhor Filme (Júri da Crítica), e Rio Fantastik (Rio de Janeiro, Brasil, 2018), no qual conquistou a láurea de Melhor Filme (Júri Popular).
A distribuição é da Pipa Pictures, empresa que há 15 anos vêm lançando filmes nacionais mercado. Recentemente, a Pipa passou a incluir em seu line-up projetos com maior apelo de bilheteria, mas sem abandonar os filmes de relevância artística.
Esta nova visão consolidou parcerias em projetos audiovisuais, com destaque para Lima Barreto, ao Terceiro Dia, dirigido por Luiz Pilar e coproduzido pela Globo Filmes; Um Dia Qualquer, de Pedro Von Kruger, com produção da Elixir Entretenimento e Canal Space; e Jovens Polacas e Christabel, de Alex Levy-Heller.