Multi-artista W. J. Solha será homenageado no Fest Aruanda
Com passagens marcantes pelo cinema, o teatro e a literatura, W. J. Solha receberá um prêmio pelo conjunto da obra
No próximo Fest Aruanda, que será realizado entre os dias 9 e 15 de dezembro de forma híbrida, o grande homenageado será o eclético artista W. J. Solha – que é escritor, contista, roteirista, cordelista, produtor, diretor e artista plástico. Além de suas contribuições ao audiovisual, Solha teve expressivas passagens pelo teatro. Ele escreveu e montou A Batalha de OL contra o Gígante Ferr (1986) e A Verdadeira História de Jesus (1988).
Na 16ª edição do evento, ele será contemplado como um Troféu Aruanda pelo Conjunto da Obra e pela passagem de seus 80 anos, em 2021. A próxima edição do festival poderá ser conferida tanto na rede Cinépolis, no Manaíra Shopping, como na Plataforma Aruanda Play (on-line).
“Tudo valeu a pena”
“É a primeira vez que faço 80 anos e está cedo, ainda, para dizer alguma coisa a respeito”, afirma o homenageado. “Mas, ao saber dessa homenagem do Fest Aruanda, pela data, começo a pensar que tudo valeu a pena. Como foi bom ver minha antiga cria literária, A Canga, virar o grande curta de Marcus Vilar e ser o velho camponês desesperado pela miséria, de seu filme!”
Solha ainda comemora a oportunidade de poder ter sido o dono do casarão do pai de Ariano Suassuna em Antoninha, de Laércio Filho, e ter produzido, junto com José Bezerra Filho e o povo de Pombal, o primeiro longa paraibano de ficção, O Salário da Morte. Ainda segundo o artista, em 2010, ele precisou tomar uma decisão difícil: deixar de atuar. Na opinião de Solha, isso foi tão complicado quanto deixar de fazer teatro e de pintar.
Livros e peças
O multi-artista também é autor de diversos romances, alguns deles premiados. Entre as obras, se destacam títulos como: Israel Rêmora, A Batalha de Oliveiros e Relato de Prócula. Solha ainda é autor de poemas (como Vida Aberta) e quadros – incluindo A Ceia, do Sindicato dos Bancários da Paraíba, e o painel Homenagem a Shakespeare, no auditório da reitoria da UFPB.
Como ator teatral, foi Pilatos por três anos no Auto de Deus, de Everaldo Pontes e, na tela grande, obteve o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante pelos trabalhos nos longas Era Uma Vez Eu, Verônica, de Marcelo Gomes (Festival de Brasília de 2012), e O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho.